Folha de São Paulo e a democracia de fachada.

A grande mídia brasileira, totalmente conservadora e eternamente golpista, deu mais uma demonstração de que o que ela proclama, impõe e determina para os outros, não serve para ela. Ontem houve uma manifestação de exatas 191 pessoas na sua porta. Eram pessoas que não estavam pedindo o fechamento do jornal e sim pedindo uma imprensa realmente verdadeira e não com intenções e viés totalmente golpista como tem se comportado os 4 Cavalheiros do Apocalipse(Folha, Estado, Glogo e Veja). Hoje, em sua edição, não tem uma menção sequer a esse movimento. Foram poucas pessoas, mas foi algo emblemático e democrático, postura que a Folha não sabe do que se trata. E hoje, em seu artigo na mesma edição, o ex-ótimo jornalista Elio Gaspari defende que, quando um parlamentar não seja cassdo pelos seus colegas, o presidente o casse, numa retrospectiva da cassação do senador governista Wilson Campos, em 1975, quando o senado o absolveu, mas Geisel cassou-o três dias depois. Estamos chegando num estágio perigoso para o país. A corrupção é conhecida há milênos, a traição idem. O único remédio é a punição, seja pelo voto, Receita Federal ou Justiça(essa eu não acredito mais). Agora, ficar sentindo saudades da época da ditadura é de uma sordidez infinita. Essa é a democracia apregoada pelo baluarte da democracia, a Folha de São Paulo. Na época da ditadura, já foi provado, os Frias(proprietários do jornal) serviram seus camburões de transporte de jornais para levar presos políticos para as instalações do famigerado DOI-CODI.

Tenho insistido aqui. Antes de acusar, exigir e atormentar, todos tem que fazer sua auto-análise, tirar seus "esqueletos" do armário antes de sair por aí pregando a moralidade. A atitude da Folha é típica de TFP. Façam o que digo, mas não façam o que eu faço. Revoltante.