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Acabei de ver o Jornal Nacional. E fiquei intrigada. Fátima Bernardes leu o TelePrompter e falou da morte de André Albertini, que ficou conhecido ao se envolver em uma "confusão" com o jogador Ronaldo.
Fátima enrolou-se para dizer que o atestado de óbito dava como causa da morte "coma neurotoxiplasmose síndrome imunodeficiência adquirida".
Mas...síndrome imunodeficiência adquirida é...S.I.D.A., a sigla em português para AIDS "acquired immunodeficiency syndrome".
Curiosamente, o jornal O Globo diz a mesma coisa e cita seu próprio portal G1. A manchete do G1 é "Atestado de travesti indica morte por síndrome da imunodeficiência adquirida".
O termo AIDS só aparece na frase "A mãe de Albertini, a dona-de-casa Sônia Maria Ribeiro, de 49 anos, disse não querer que o filho seja lembrado pela Aids.".
A mim, pareceu uma decisão consciente de não criar polêmica, não gerar mal-estar, não levantar suspeitas e não estigmatizar a doença. E, claro, de poupar Ronaldo da associação de pensamentos Ronaldo-travesti-AIDS. Muita gente percebeu a mesma coisa e comentou no Twitter. Acho que muitas salas em muitos lares brasileiros ficaram repletos de pontos de interrogação ao mesmo tempo.
De qualquer forma, todos lamentamos a morte de uma pessoa jovem e desejamos uma longa e saudável vida a Ronaldo.
Fica só a sensação de ter visto e ouvido uma notícia de peruca: é ela, a verdade, mas apresentada de uma forma que a tornou quase irreconhecível. RR
Um comentário:
cadê o crédito do QL?
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