domingo, 13 de janeiro de 2008

Laudos, nos tempos da ditadura.

"Eu tenho ódio e nojo da ditadura", disse uma vez o grande Ulysses Guimarães. Entre 1964 e 1985, várias mentiras foram tratadas como verdades. Uma das maiores mentiras, era mascarar a morte de pessoas "hostis" ao regime. Essas pessoas eram mortas em circunstâncias, digamos, de Estado. Para que as mortes fossem declaradas "deglutíveis" para a sociedade, era necessário dar uma dose de verdade. Para isso, o regime usou muito dos serviços de um médico, legista, chamado Harry Shibata. Por dinheiro, esse senhor emitiu muitos laudos, declarando, como outras, as verdadeiras causas das mortes de várias pessoas. O quê isso tema ver com a província? Tudo. No (des)governo da Mentira, do Marketing e da Urgência, do Imperador Silvio II, esses mesmos métodos, dos tempos da ditadura estão sendo usados: laudos falsos. Quando houve a queda de parte da estrutura metálica(não presente no projeto original) da rodoviária velha, os empresários abutres que gravitam o consórcio empresarial que (des)governa a cidade, sentiu um cheiro terrível de muito dinheiro. Mais que depressa, a Prefeitura encomendou, sem licitação um laudo, que permitisse a ela implodir a rodoviária. Revendo, agora, o blog do Rigon, achei o nome da empresa:
"25.5.07 Mais laudo
A prefeitura de Maringá contratou em 20 de abril último, por R$ 8.748,00, a Anhanguera Construtora Ltda para a elaboração de laudo de vistoria técnica, para avaliar a estabilidade e segurança do prédio da antiga rodoviária. Houve dispensa de licitação.A empresa, localizada no Jardim Alvorada, tem como atividade principal a construção de edifícios e, como atividade econômica secundária, obras de acabamento, perfurações e sondagens. incorporação de empreendimentos imobiliários, administração de obras e construção de instalações esportivas e recreativas."
Ou seja, a Anhanguera Construtora Ltda se propôs a ser o Harry Shibata do (des)governo municipal. Por apenas 9 mil reais, ela topou dar um laudo para implodir um pedaço da história de Maringá. Por 30 contos de réis, essa construtora vendeu a sua dignidade. As verdades da ditadura começarão a vir a tona com a abertura dos arquivos dentro em breve. As verdades do (des)governo do período de 2005-2008 virão daqui a algum tempo. Mas virão. Espero que esse cidadão, Silvio Barros II esteja vivo, para ser julgado pela História.

4 comentários:

E M E R S O N disse...

nao sei q historia aquela rodo tem p contar... so se for de roubos e prostituicao.
aquilo deve com certeza e finalmente vira a chao. tanto no lugar da rodo qto da praca dos evangelicos deveriam ser construidos dois estacionamentos modernos de 3 ou 4 andares p serem retiradas as espinhas de peixe da brasil. sem censura, por favor!

Anônimo disse...

Mesmo que a Rodo velha fosse um lugar onde tivesse muitas prostitutas, devemos lembrfar que elas só estão ali, porque derrubaram o lugar onde elas ficavam originalmente, a Aona do Baixo meretrício e as deixaram desamparadas. Agora as prostitutas de luxo que não usam aquele local, ninguém fala em acabar com elas, só com as pobres.

Anônimo disse...

Será que o amigo considera que empresas de ônibus são prostitutas e os passageiros que embarcaram e desembarcaram na rodoviária, ao longo desse tempo, todos eles, foram ladrões???
Será que é justo se desconsiderar a contribuição para o progresso de Maringá que àquela rodoviária propiciou?
Se houvesse a defesa de espaços vazios até que se poderia ponderar. Agora, sugerir a construção de prédios de garagens num espaço essencial aos transeuntes é o fim. Reflita melhor amigo...
Ivan

E M E R S O N disse...

bom, eu acho q nenhum dos anonimos atravessa a praca e a rodo apos as 22h a pe... se durante o dia ja nao é seguro, imaginem a sensacao das estudantes que saem por volta desse horario do colegio instituto. ou senao, passem no caixa automatico do banco do brasil que fica entre esses locais. me sinto pior q em sao paulo. é a opiniao de quem transita por ali que deve ser levada em consideracao.

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